sexta-feira, 20 de julho de 2012

Where Have you been? - Capitulo 2


Já estava a conduzir á quase 2 horas e os meus olhos doiam-me imenso por ter estado a chorar quase esse tempo todo.
As palavras do meu pai percorriam-me a cabeça a cada dez segundos, era como se uma bomba explodisse no meu coração quando isso acontecia.
Liguei o rádio para ver se me destraia um bocado. Devia de chegar lá em pouco mais de meia hora, e ainda não fazia a minima ideia do que havia de lhe dizer. Nem sequer sabia se a rapariga sabia de alguma coisa.
Secalhar era eu a única ingénua que não sabia de nada, secalhar ela nem sequer me queria conhecer ou ver. Tantos talvez  e nehuma certeza.
Normalmente a minha vida era feita de certezas, tudo estava planeado e tudo corria como fora planeado. Nunca tivera que lidar com incertezas ou com o medo do que pudesse acontecer.
Era assustador, mas era a coisa certa a fazer. Pelo menos eu pensava que sim.
Estava lá, finalmente estava lá.
Era uma cidade nem pequena, nem grande, com grandes casas, perto de uma linda praia e com muitas pessoas. A maior parte que passava por mim pareciam turistas prontos para apanhar um escaldão.
Tinha que encontrar a casa dela, tinha que ser uma daquelas.
Bem, o último número não dava para perceber muito bem. O meu pai sempre tivera uma caligrafia à médico, se não fosse ele mesmo um .
Parecia um 4 ou talvez um 9, ou então um 7.
Ai, aquilo não dava com nada e ainda por cima os numeros das casas eram todos seguidos.
Estacionei o carro e fiquei apenas parada a olhar para quem passava, precisava de alguém que se parecesse minimamente comigo.
A única foto que tinha no ficheiro era de quando ela nascera, não ia ajudar em grande coisa.
Decidi sair do carro e ver se descobria alguma coisa.
Vi uma mulher a atravessar a rua e fui ter com ela.
-Desculpe - disse-lhe - Por acaso sabe onde mora a Elizabeth Jones? - perguntei olhando para o nome na folha, como se fosse a pergunta mais normal de se fazer.
-Sim, claro. É ali no número 324. -disse ela enquanto apontava.
-Obrigada. - agrdeci e comecei a dirigir-me até lá.
Era agora. O meu coração batia mais depressa do que um carro de corridas pode andar.
Toquei á campainha e fechei os olhos, quase como se tratasse de uma oração.
Uma rapariga loira abriu a porta, e parou quando me viu.
Tinha que ser ela. Só podia.
-Brianna... -disse ela baixinho. Ao que parecia eu era mesmo a única ingénua que não sabia disto. Ainda pensei em dar a volta e ir embora novamente. Afinal se ela me quisesse conhecer já o tinha feito. - O que é que estás aqui a fazer?
-Eu tenho uma pergunta melhor. Porque é que nunca me quiseste conhecer? - cantra-ataquei.
-Quem te disse que não quis?! - pergunntou ela.
-Ai quiseste?! Então porque é que nunca o fizes-te? - fechei os olhos e tentei acalmar-me. As lágrimas já estavam a voltar. Eu não sabia como é que ainda havia água dentro do meu corpo para tal coisa.
-Eu tentei. - explicou ela - Mas os teus pais não deixaram. Eles descobriram que eu estava a tentar descobrir mais sobre ti e acharam melhor tu não saberes de nada. Eles acham que eu sou uma má influencia para ti. - Aquilo era tão dos meus pais, tomar todas as minhas decisões dificeis .
Estava farta daquilo tudo, a minha vida ia começar a ser um risco.
-Pois, mas eles esqueceram-se de uma coisa. A verdade vem sempre ao de cima, de uma maneira, ou de outra.

4 comentários:

  1. Estive a ler a tua história e vai muito bem até agora :) Estou ansiosa para o próximo!

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  2. adorei!!! :D
    Já agora deixei-te um selo no meu blog ;)
    bjs

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  3. Gostei muito sigo o teu blog, segue também o meu..
    Beijinhos

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  4. Estou a gostar muito da tua historia, está mesmo fixe. Espero pelo proximo.
    Já sigo o teu blog, beijo*

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