terça-feira, 31 de julho de 2012

Where have you been? - Capitulo 4




Eu reconheceria-a em qualquer lado.
-Sophie? - perguntei mesmo sabendo qual seria a resposta.
-Não, achas?! É o pai natal! - respondeu ela como se fosse a coisa mais normal de sempre.
-Eu não te consigo ver, não sabia se eras tu. - disse.
-Secalhar, mas só mesmo secalhar se desenterrases a cabeça do banco me conseguisses ver. - eu ainda estava tão apavorada que me tinha esquecido de o fazer. Os meus musculos estavam contraidos  e o meu coração queria sair de dentro de mim.
Assim o fiz e olhei para  fora do carro. Lá estava ela no seu vestido preto que tanto adorava.
- O que é que estás aqui a fazer? - perguntri-lhe enquanto saia do carro para ir ter com ela.
- Ouvi dizer que a minha melhor amiga fugiu de casa e não me disse nada. - ela já sabia de tudo e não lhe tinha sido eu a contar. Por muito que o quisesse fazer durante o dia, não estava pronta para perder mais um minuto com a minha irmã para lhe mandar uma mensagem. Tinha sido egoista, mas no momento parecia o acertado.
-Desculpa não te ter ligado a ccontar nada, mas isto ainda é tudo muito novo para mim. É dificil gerir a minha vida neste momento.
-Eu sei -  respondeu-me ela mais calma do que eu alguma vez a tinha visto - É por isso que eu estou aqui. Tu precisas de mim. - eu ri-me, até nestas situações a rapariga era uma grande convencida. Mas a verdade era que precisava mesmo. - Bem, vamos? - perguntou-me.
-Vamos onde? - estava confusa, será que ela pensava que eu estava num hotel ou a viver com a alguém?!
-Para casa.
-Sabes, a minha casa na verdade é o carro. - disse-lhe a medo.
-Mas a minha não. Eu conduzo. - e assim foi. Sentou-se no lado do motorista e arrancou. Não fazia a minima ideia para onde ela nos estava a levar, mas tinha que confiar nela.
-E onde é que é essa tua casa mesmo? - perguntei enquanto saía da rua da casa da Liz.
-Lembras-te de quando eu não ia de férias com os meus pais? - eu apenas acenei com a cabeça - Bem, não era só para te ficar a fazer companhia. Eles vinham para aqui e desde á 3 anos atrás que eu não venho porque aconteceu uma coisa que me deixou mesmo embaixo por uns tempos. - agora sentia-me culpada por ela ter que enfrentar estas lembranças por minha causa. Não sabia o que era, mas tocava-lhe mesmo fundo. - No entanto, este ano eles não estão cá, por isso temos a casa só para nós.
- Desculpa ter-te trazido de novo para aqui. - disse-lhe com o coração apertado.
-Não faz mala - sorriu - Eu só vim por que quis.
Finalmente ela parou o carro.
-É ali. - disse ela apontando para uma casa que se destacava de todas as outras. Era grande e com um toque vintage, provavelmente já tinha sido lá construida há muitos anos.
 -Isto é a casa que eu sempre quis ter. - disse deslumbrada enquanto me aproximava. Como já era de noite, a casa ainda ficava mais bonita.
-A tua é maior. - disse ela como se eu tivesse acabado de dizer a maior barbaridade do mundo.
-Pode ser maior, mas esta tem história.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Where have you been? - Capitulo 3




- Mas... como é que descobris-te tudo? - nesse momento apareceu um rapaz na porta. Não nem tive tempo nem de ver a cor dos seus olhos pois o meu telemovel começou a fazer um barulho estridente e eu ia ter que enfrentar a fera.
Fiz-lhe um gesto a dizer que ia atender e respirei fundo enquanto carrregava no botão verde.
-Onde é que estás Brianna Roberts?!! - perguntou ele furioso. Tinha que fazer de tudo para me controlar, não lhe podia dar o que ele querida. Tinha que reagir precisamente ao contrário.
-Onde é que tu achas que eu estou?! - perguntei-lhe ironicamente.
-Mas tu estás doida?!! A tua mãe quase teve um ataque quando não te viu em casa.
-Podia estar com a Sophie. - disse calmamente.
-Achas que ela não ligou para lá?!! Agora anda para casa, já!!! - a única coisa que realmente me apeteceu fazer foi rir-me na sua cara, e assim o fiz.
-Tu hoje estás muito cómico. - disse-lhe fazendo com que ele se enervasse muito mais. Do outro outro só ouvi a minha mãe a gritar para ele lhe passar o telemovel.
-Brianna.. - disse ela calmamente - Eu sei que tu estás chateada comigo e com o teu pai por te ter-mos mentido durante tanto tempo, mas tu tens que perceber que não tinhamos opção.
-Sim, tinham - respondi logo - Vocês podiam ter contado pelo menos quando ela foi á minha procura.
-Já percebi que não nos vais perdoar tão cedo. - percebi que ela estava prestes a chorar, mas o meu orgulhos não me deixou dar o braço a torcer. - Quando quiseres voltar já sabes estás a vontade.
-Está bem. - disse baixinho. Vê-la assim triste estava a dar comigo em tola, mas eles também tinham que perceber o meu lado. - Agora tenho que ir. - desliguei o telemovel e voltei para a beira da Elizabeth.
-Ah... bem, Brianna este é o Tyler, o meu melhor amigo e Tyler esta é a Brianna, a minha... irmã. - apresentou-nos ela e eu apenas forcei um sorriso.
-Irmã?? - perguntou o Tyler confuso.
-Longa história. - respondeu ela.

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Eram quase nove e meia da noite quando finalmente deixei a casa de Liz. Tinha-lhe dito que tinha onde ficar, mas a verdade era que iria ficar a dormir no carro.
Não lhe queria atrapalhar ainda mais a vida e eu sobrevivia.
Achei melhor conduzir o conduzir até um sitio já com alguma distância da casa da minha irmã. Dizer aquela palavra ainda que mesmo só na minha cabeça era estranho, era algo a que eu não estava habituada.
Estacionei o carro e ajeitei-me na parte de trás, iria ter que servir por algum tempo.
Fechei os olhos e tentei não pensar em tudo o que tinha acontecido hoje, mas era como se estivesse a andar numa montanha russa de sentimentos sempre que o fazia.
Normalamente costumava inventar pequenas histórias enquanto tentava adormecer, hoje estava enrolada na minha história na qual procurava por um final feliz.
De repente ouvi um barulho vindo da rua e efechei os olhos ainda com mais força. "Aquilo vai passar, não é nada, apenas árvores". Repetia para mim mesma enquanto me tentava convencer que nada de mal podia acontecer. Foi aí que mesmo com os olhos fechados senti uma sombra a aproximar-se do carro e a abrir a porta. Como é que eu me tinha esquecido de trancá-las?!
Só havia duas coisas que podia fazer, gritar ou fugir.
-Acho melhor abrires os olhos. - disse a sombra.
Eu conhecia aquela voz....

domingo, 22 de julho de 2012

Selo!



Bem, este selo foi-me dado pela Mafalda do http://crazystupidlove-again.blogspot.pt/ . Obrigada pelo meu primeiro selo (:


1.Dizer três factos sobre ti;
2.Dizer qual dos três rapazes dos One Direction preferes;
3.Passar a três blogs;


1.Factos:
Sou muito indecisa,
só me chateio com as pessoas por coisas realmente muito más, 

estou sempre a abanar a perna 

2.Harry Styles

3.Vou passar este selo a:
Como ainda não conhece muito gente aqui, passo a quem o quizer fazer (:

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Where Have you been? - Capitulo 2


Já estava a conduzir á quase 2 horas e os meus olhos doiam-me imenso por ter estado a chorar quase esse tempo todo.
As palavras do meu pai percorriam-me a cabeça a cada dez segundos, era como se uma bomba explodisse no meu coração quando isso acontecia.
Liguei o rádio para ver se me destraia um bocado. Devia de chegar lá em pouco mais de meia hora, e ainda não fazia a minima ideia do que havia de lhe dizer. Nem sequer sabia se a rapariga sabia de alguma coisa.
Secalhar era eu a única ingénua que não sabia de nada, secalhar ela nem sequer me queria conhecer ou ver. Tantos talvez  e nehuma certeza.
Normalmente a minha vida era feita de certezas, tudo estava planeado e tudo corria como fora planeado. Nunca tivera que lidar com incertezas ou com o medo do que pudesse acontecer.
Era assustador, mas era a coisa certa a fazer. Pelo menos eu pensava que sim.
Estava lá, finalmente estava lá.
Era uma cidade nem pequena, nem grande, com grandes casas, perto de uma linda praia e com muitas pessoas. A maior parte que passava por mim pareciam turistas prontos para apanhar um escaldão.
Tinha que encontrar a casa dela, tinha que ser uma daquelas.
Bem, o último número não dava para perceber muito bem. O meu pai sempre tivera uma caligrafia à médico, se não fosse ele mesmo um .
Parecia um 4 ou talvez um 9, ou então um 7.
Ai, aquilo não dava com nada e ainda por cima os numeros das casas eram todos seguidos.
Estacionei o carro e fiquei apenas parada a olhar para quem passava, precisava de alguém que se parecesse minimamente comigo.
A única foto que tinha no ficheiro era de quando ela nascera, não ia ajudar em grande coisa.
Decidi sair do carro e ver se descobria alguma coisa.
Vi uma mulher a atravessar a rua e fui ter com ela.
-Desculpe - disse-lhe - Por acaso sabe onde mora a Elizabeth Jones? - perguntei olhando para o nome na folha, como se fosse a pergunta mais normal de se fazer.
-Sim, claro. É ali no número 324. -disse ela enquanto apontava.
-Obrigada. - agrdeci e comecei a dirigir-me até lá.
Era agora. O meu coração batia mais depressa do que um carro de corridas pode andar.
Toquei á campainha e fechei os olhos, quase como se tratasse de uma oração.
Uma rapariga loira abriu a porta, e parou quando me viu.
Tinha que ser ela. Só podia.
-Brianna... -disse ela baixinho. Ao que parecia eu era mesmo a única ingénua que não sabia disto. Ainda pensei em dar a volta e ir embora novamente. Afinal se ela me quisesse conhecer já o tinha feito. - O que é que estás aqui a fazer?
-Eu tenho uma pergunta melhor. Porque é que nunca me quiseste conhecer? - cantra-ataquei.
-Quem te disse que não quis?! - pergunntou ela.
-Ai quiseste?! Então porque é que nunca o fizes-te? - fechei os olhos e tentei acalmar-me. As lágrimas já estavam a voltar. Eu não sabia como é que ainda havia água dentro do meu corpo para tal coisa.
-Eu tentei. - explicou ela - Mas os teus pais não deixaram. Eles descobriram que eu estava a tentar descobrir mais sobre ti e acharam melhor tu não saberes de nada. Eles acham que eu sou uma má influencia para ti. - Aquilo era tão dos meus pais, tomar todas as minhas decisões dificeis .
Estava farta daquilo tudo, a minha vida ia começar a ser um risco.
-Pois, mas eles esqueceram-se de uma coisa. A verdade vem sempre ao de cima, de uma maneira, ou de outra.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Where have you been? - Capitulo 1


Um raio de sol começou a entrar pela janela do meu quarto pouco antes do despertador tocar.
Era o primeiro dia de férias e eu tinha-me esquecido completamente de desligar aquela porcaria na noite anterior.
Ainda tentei adormecer outra vez, mas era impossível, a minha cama até já parecia uma enrodilha de eu andar lá às voltas.  O melhor que tinha que fazer era mesmo levantar-me.
Tirei os lençóis de cima de mim e peguei no telemóvel enquanto me sentava na beira da cama.
Já tinha uma mensagem da Sophie e ainda nem eram 8h30. Aquela rapariga devia de estar em mais uma das suas directas seguida por dois dias de ressaca. 
Ela podia esperar mais um bocado, a minha barriga é que não.
Saí do quarto e comecei a descer as escadas ao mesmo tempo que uns gritos se começavam a fazer ouvir.
-Oh, não. - disse baixinho para mim. Eram os meus pais e já estavam a discutir outra vez. Ultimamente era o que eles sabiam fazer melhor.
Chegavam a casa a discutir, saiam de casa a discutir, comiam a discutir.... ás vezes até na cama deviam discutir.
O melhor era voltar para o quarto e voltar apenas quando fosse seguro.
No entanto, houve algo que me chamou atenção na sua conversa.
-Tu estás maluca?? - perguntou o meu pai  - Querias chegar à beira dela e dizer-lhe o quê?! " Olha querida, nós só te queríamos dizer que te temos mentido durante a tua vida!  Afinal não és filha única. Eu e a tua mãe tivemos outra filha dois anos antes de te termos , mas como estávamos apenas e só preocupados na nossa carreira demo-la para adopção porque já era demasiado tarde para abortar quando soubemos!!
-O QUÊÊÊ???? - Gritei eu com o choque daquela conversa. Eu só queria que aquilo tudo fosse mentira, queria apenas que eles estivessem a brincar, mas pelas suas caras era tudo menos isso.
-Querida,.. - começou a minha mãe a falar.
-ESQUECE, EU JÁ OUVI TUDO O QUE TINHA PARA OUVIR! - interrompi-a e comecei a correr de volta ao meu quarto.
Eu não sabia como lidar com aquela informação. Como era suposto alguém lidar com aquilo?!
-Abre a porta Bri! - disse a minha mãe do lado de fora. - Precisamos de falar.
-Não, não precisamos!!! - respondi sentando-me encostada á porta branca. As lágrimas que estavam presas dentro de mim começavam finalmente a cair.
-Brianna... - começou ela.
-Deixa querida, falamos com ela logo á noite, quando ela acalmar. - interrompeu o meu pai.
Bem podiam esperar sentados, eu nunca mais ia querer falar com eles na vida.
Ouvi o carro deles a sair e o portão a fechar.
Nesse preciso momento tive uma ideia. Levantei-me e corri até ao escritório do meu pai. Aquilo tinha que estar por ali. Revistei as gavetas e os moveis todos e nada. Mas não podia desistir, não como eles desistiram dela.
Acabei por me sentar na cadeira do escritório e limpei as lágrimas que teimavam em continuar a cair.
Não, ele não podia ser tão burro. Não podia ser o ficheiro que estava em cima da mesa, ou podia. Peguei imediatamente e lá estava ele, tinha tudo o que eu precisava de saber. Bem, parece que vou até uma pequena cidade perto de L.A.
Passei a morada para um papel e subi as escadas a correr, tomei um banho rápido e vesti-me.
Peguei na minha mala de viagem e meti algumas das minhas roupas lá para dentro.
Estava na hora de me meter à estrada.